Fósseis: Ossos petrificados

    Os fósseis são vestígios ou restos preservados de seres vivos que viveram em períodos geológicos passados. Esses registros fornecem importantes informações sobre a evolução da vida na Terra, permitindo-nos entender como eram esses organismos, seu ambiente e seu comportamento. Através da paleontologia, a ciência que estuda os fósseis, podemos reconstruir o passado e compreender as mudanças que ocorreram ao longo dos milhões de anos de história do nosso planeta. Os fósseis são como as páginas de um livro que nos contam a fascinante história da vida na Terra.

O que é um fóssil?

   Fóssil são resíduos de seres vivos que ao longo de milhões de anos foram ficando petrificados fazendo com que ele seja preservado. Um resíduo tem mais chance de virar fóssil quando ele é soterrado por sedimentos no fundo de mares, lagos ou até mesmo na terra, antes de sofrer a decomposição.

    Quais as condições necessárias para a fossilização?
  Para que a fossilização ocorra é necessário que a decomposição seja interrompida pelos sedimentos que caem sobre o ser, a ausência de bactérias e o tempo.


Tipos de Fossilização:
Permineralização:
   A  permineralização acontece quando as partes mais duras de algum organismo é preenchida por sedimentos e substâncias minerais no seu interior ou cavidades.
Substituição:
  A fossilização por substituição é o processo em que as conchas ou outros minerais substituem a parte mais dura do ser vivo, assim preservando o formato dos fósseis.
Recristalização:
  Refere-se ao rearranjo da estrutura cristalina de minerais instáveis em partes duras de um organismo. Esses minerais se transformam em formas mais estáveis, mantendo a mesma composição química.
Carbonificação ou Incarbonificação:
  Ocorre quando elementos votáveis  da matéria orgânica, como hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, são eliminados, preservando apenas o carbono original. Comum em vegetais.
Incrustação:
  Consiste na precipitação de minerais sobre restos orgânicos pela água, formando uma cobertura mineral que favorece a preservação, especialmente em ossos e conchas.
Concreção:
  Envolve a liberação de compostos durante a decomposição, desencadeando reações químicas que levam à precipitação de substâncias ao redor dos restos orgânicos, formando nódulos.
 

Etapas da  Fossilização:
1) O ser vivo morre.
2) Partes moles do animal e partes tenras dos vegetais se decompõem.
3) O esqueleto ou carapaça é coberto de sedimentos levados pela água assim formando rochas sedimentares. Elas vão sendo depositados no fundo de bacias sedimentares por meio do intemperismo. 
4) O resto do fóssil é enterrado, enquanto novas camadas de rochas de rochas vão sendo sobrepostas em cima dele.
5) O resto do ser vivo mineraliza. Os segmentos de ossos e conchas permanecem assim por milhões de anos.
6) Após milhões de anos os fósseis são encontrados a partir dos movimentos geológicos ou por escavação humana.


    Partes duras de seres vivos são mais fáceis de fossilizar, porém partes de seres vivos frágeis PODEM fossilizar.

    Tipos de Fósseis:
Somatofósseis: Restos do corpo de seres vivos: Ossos, dentes, carapaça(partes duras).
Icnofósseis: Vestígios deixados por seres vivos: pegada, vestígio: arranhão, ninho, buraco- escavação.

Réplica de um osso arranhado. O osso é um Somatofóssil e a parte arranhada é um Icnofóssil.


    O que tem que acontecer para uma pegada fossilizar?
    Para que a pegada fossilize é necessário que uma água lentamente preencha a pegada levando minerais mais finos que a areia para preservar o interior. Com o tempo o formato da pegada vai se solidificando.
    Para termos um fóssil, quase intacto, o ser vivo tem que ser coberto por sedimentos quase no mesmo momento e é necessário que há água onde está o fóssil para impedir o ar de entrar.
Importância dos fósseis:

    Os fósseis nos da uma abertura para conhecer as espécies de plantas, animais; a ancestralidade, ou seja saber quem deu origem a quem; conhecer a evolução dos seres vivos; conhecer a História do planeta(clima, geografia, geologia).



Sequência dos fósseis:

    A sequência dos fósseis, também conhecida como registro fóssil, é uma importante ferramenta utilizada pelos paleontólogos para reconstruir a história da vida na Terra. Essa sequência é composta pelos diferentes tipos de fósseis encontrados em camadas geológicas, representando as formas de vida que habitaram o planeta ao longo do tempo.

    Os fósseis são restos ou vestígios de organismos que viveram no passado, como ossos, dentes, conchas, impressões de folhas, pegadas e até mesmo fezes fossilizadas. Eles são preservados em rochas sedimentares, formadas pela deposição de sedimentos ao longo de milhões de anos.

    A sequência dos fósseis é organizada de acordo com a idade das camadas geológicas em que são encontrados. Geralmente, os fósseis mais antigos estão nas camadas mais profundas, enquanto os mais recentes estão nas camadas mais superficiais. Isso significa que podemos observar uma progressão temporal dos organismos ao longo das diferentes camadas, representando a evolução das espécies ao longo do tempo geológico.

    Ao estudar a sequência dos fósseis, os cientistas podem determinar a idade relativa das rochas e reconstruir os eventos que moldaram a vida na Terra. Além disso, eles podem identificar padrões de evolução, extinção e adaptação das espécies ao longo das eras geológicas, fornecendo insights valiosos sobre a história da vida no nosso planeta.

Imagem do caderno, Coluna Estratigráfica.


Datação dos fósseis e rochas:
    Datar as rochas é muito importante, porque nos ajuda a entender mais sobre os fósseis, que consequentemente, nos ajuda a conhecer mais sobre as espécies que passaram pelo planeta Terra. Para isso temos dois métodos.

Primeiro método: Datação Radiométrica
As moléculas de determinado fóssil, contém em sua maior parte moléculas normais e outras radioativas. Existe um processo que as moléculas radioativas se transformam em moléculas normais(Processo de Decair). Cada metade desse processo chama-se  meia vida. Sabendo a meia vida de cada componente podemos datar as rochas com cálculos apropriados para o assunto. 
Exemplo:
Caso encontrássemos a meia vida do Carbono 12 em um fóssil, podemos datá-lo pela meia vida do carbono( 5700 anos).

Segundo método: Fóssil guia
Para ser possível realizar este método é necessário que ocorra 2 coisas: que determinado ser vivo, viva em curto período de tempo e que vivessem em vários continentes. Esse método consiste em um arqueólogo encontrar um fóssil de uma espécie nunca vista antes, logo em seguida ele determinará o período que ele existiu e dará o nome a este período; este fóssil é chamado de fóssil guia ou fóssil índice. Então todo fóssil datado entre este período é deste período.
Exemplo:
Um fóssil datado entre o período Jurássico é do tempo Jurássico.

Referencias Bibliográficas:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que é Ciência?

Método Científico: A ciência posta em prova.

Hidrosfera: A água do nosso planeta